Levando ao público uma nova perspectiva sobre a educação previdenciária, Vanessa Dall Inha, especialista da UniAbrapp encerrou o Movimento 360, evento promovido pela Abrapp nos dias 13 e 14 de novembro, em formato virtual e ao vivo, com o Bate-Papo 360: Estratégias para Criação de Valores e Fomento à Educação Previdenciária.
Com o apoio institucional de UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta, o Movimento 360 é uma nova versão do tradicional Encontro Nacional de Inovação e Criação de Valor, com ao todo 19 painéis, que também ocorrem de forma simultânea com uma programação dinâmica e interativa.
A especialista explicou que a educação previdência não precisa ser usada apenas como um pilar financeiro, mas como um movimento de inspirar vida, gerações e sonhos. “Se trata de oportunidades para um futuro mais digno e mais seguro”, disse.
Para isso, ela mencionou conceitos essenciais como planejamento financeiro, gestão de dívidas, consumo consciente e a importância de poupar para o futuro. “Hoje, em torno de 10% dos brasileiros se consideram preparados financeiramente para o futuro. E os outros 90%? Onde eles estão? O que estão fazendo? Será que eles são nossos participantes?”, questionou.
Para a especialista, essas são reflexões importantes do dia a dia de uma entidade também como um olhar para quem já está mais à frente. “Pelo menos 70% das pessoas que estão aposentadas no Brasil dependem de ajuda financeira. A população idosa vem crescendo. Em 2043, vai representar pelo menos 25%. E a população, em contrapartida, jovem vem diminuindo. Então, precisamos cada vez mais olhar para o que nós temos dentro do nosso cenário”, pontuou Vanessa.
Ela reforçou a necessidade de acumular recursos ao longo da vida, garantindo segurança e autonomia na fase pós-laborativa e apresentou exemplos de pessoas que enfrentaram diferentes realidades financeiras e emocionais na aposentadoria. Esses relatos demonstraram a necessidade de se preparar não só financeiramente, mas também mental e emocionalmente, enfatizando a criação de programas de preparação e pós-aposentadoria que considerem as diferentes necessidades dos indivíduos.
Vanessa também destacou que cada geração e perfil de participante exige abordagens específicas. “É preciso criar ações com as quais se identifiquem. É preciso evoluir com a evolução dessas gerações, até porque nós estamos dentro de uma delas e existe uma diferenciação muito grande, inclusive na habilidade com a própria tecnologia”, disse.
Segundo ela, pesquisas indicam que muitos brasileiros desconhecem a previdência privada ou têm percepções equivocadas sobre o tema, reforçando a urgência de programas educacionais personalizados que mostrem os benefícios de longo prazo, especialmente para públicos mais jovens.
Por fim, a palestrante chamou atenção para o papel das entidades como agentes de transformação, capazes de promover um futuro mais humano e digno, colocando a educação previdenciária como um pilar estratégico e um legado para as próximas gerações. “Nós podemos ressignificar isso e trazer um futuro mais humano, mais preparado e mais digno. Nós podemos deixar um legado para todas as gerações”.
Vanessa destacou que é hora de agir, utilizando dados e tecnologia para criar programas inclusivos que atendam às necessidades de todos, desde crianças até aposentados. “ Leve para a sua entidade sugestões. E faça o movimento também fora da sua entidade, participando de iniciativas. Vamos educar para um futuro onde a longevidade seja uma conquista, e não um desafio”, completou a especialista.