Com uma vida laboral cada vez mais longa e múltiplas carreiras surgindo, e o crescimento do perfil de eternos aprendizes, mais gerações estão trabalhando juntas, e elas serão cada vez mais diferentes entre si. Como conciliar isso para transformar essa diversidade colaborativa? O tema foi discutido na Inspira Talk “Gestão de Impacto: Como Fazer Diferença em Tempos Urgentes – Geração Millenium E Z”, durante o evento Movimento 360, promovido pela Abrapp nos dias 13 e 14 de novembro, em formato virtual e ao vivo.
O evento reúne especialistas, líderes e profissionais para discutir as tendências mais inovadoras nas áreas de comunicação, relacionamento e tecnologia. Com o apoio institucional de UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta, o Movimento 360 é uma nova versão do tradicional Encontro Nacional de Inovação e Criação de Valor, com ao todo 19 painéis, que também ocorrem de forma simultânea em uma programação dinâmica e interativa.
Daniel Oliveira Coelho, Coordenador Titular da Comissão Técnica Leste-Sudeste (Subgrupo Sudeste) de Estratégias e Criação de Valor da Abrapp, fez a moderação da palestra e reforçou que longevidade é um tema normalmente correlacionado aos futuros assistidos das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), mas também tem um efeito no mercado de trabalho.
“Vamos continuar trabalhando por mais tempo, a aposentadoria vai demorar mais. Por outro lado, temos uma nova geração entrando nos planos de previdência. Os dois lados complementam e ajudam um ao outro nesse movimento de inovação e de transformação das nossas fundações”, pontuou.
Para abordar com mais profundidade essa diferença geracional e as oportunidades e desafios que elas trazem ao mercado de trabalho, Alexandre Correa Lima, palestrante TEDx, pesquisador e CEO da Mind Pesquisas, fez uma apresentação sobre esses novos tempos desafiadores.
“Para isso é preciso falar do impacto da tecnologia”, diz. “O que está por trás de tudo é gente, ser humano. As EFPC não existem para resolver problemas de robôs, máquinas, são feitas por pessoas. Tudo é feito para as pessoas, tudo começa e termina em gente”.
O especialista pontuou que é importante valorizar a característica de cada geração, para que haja maior diversidade e troca de aprendizados entre os colaboradores, já que, segundo ele, no mercado de trabalho há pelo menos quatro gerações trabalhando. São elas Baby Boomers; Geração X; Geração Millennial; Geração Z.
Lima explicou a diferença entre as gerações, em especial com relação ao trabalho e aspirações profissionais e pessoais. Ele reiterou que é preciso tomar cuidado ao falar de gerações, para não estereotipar as pessoas e não cair no ‘etarismo’, ou seja preconceito com relação à idade, ou no medo exagerado das mudanças sociais provocadas pelo jovem, chamada de ‘juvenoia’.
O especialista alerta que o importante é não se recusar a aprender coisas novas e evoluir com os passos do mundo. “Chega um ponto em que a gente já aprendeu tanta coisa que precisamos desaprender”. Lima pontua ainda que não ficamos mais sábios com a idade, ficamos mais velhos. “Ficar mais sábio é opcional”, frisou. “Por outro lado, também é preciso orientar jovens a se prepararem mais para as adversidades da vida”.
Portanto, ele acredita que a diversidade de pontos de vista é essencial, já que todo processo criativo é fruto da fusão, ou até da colisão de universos diferentes. Mas o grande desafio apontado por Lima é transformar essa divergência conflitiva em convergência criativa. “Em uma empresa em que todo mundo pensa igual, é sinal que ninguém está pensando de verdade”, provocou. “Valorizem a diversidade, saibam extrair o melhor dela”, completou o especialista.
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