MyNews: Carlos Flory abordou a Previdência Complementar para os servidores públicos

O Diretor Executivo da Abrapp Carlos Flory foi o entrevistado desta quarta-feira, 9 de setembro, no quadro “Previdência para Todos” do programa Almoço de Quarentena, comandado pelas jornalistas Mara Luquet e Myrian Clark. O programa é transmitido pelo canal MyNews no YouTube e o quadro pode ser assistido por meio deste link.

Durante o programa, Flory, que também é Diretor Presidente da Prevcom, abordou o tema da Previdência dos servidores públicos e a evolução do fundo dos funcionários do Estado de São Paulo. Mara Luquet introduziu o tema ao lembrar das transformações da Reforma da Previdência realizada na Previdência do serviço público nos últimos anos. Enfatizou também a longa experiência de Carlos Flory, que foi Presidente da Petros na gestão do governo de Fernando Henrique Cardoso.

O dirigente retomou a trajetória das mudanças na Previdência no estado de São Paulo, lembrando da aprovação do Regime de Previdência Complementar em 2012. A implantação e o funcionamento da entidade fechada dos servidores estaduais começou em 2013, ainda com o nome de SP-Prevcom. Foi a primeira EFPC de servidores públicos a entrar em operação no país, seguida depois pela Funpresp-Exe e pela Funpresp-Jud.

Flory explicou que os novos servidores admitidos a partir de 2013 já entraram com os limites de aposentadoria do Regime Geral. E explicou a importância da Previdência Complementar para evitar a “falência” da Previdência do serviço público, a exemplo do que ocorreu em países como Grécia, Portugal, e posteriormente em estados como Rio de Janeiro e outros.

Contas individuais – O Diretor da Abrapp explicou o funcionamento dos planos de benefícios para os novos servidores, baseado no modelo de capitalização com contas individuais. O estado garante o pagamento até o teto do RGPS e o funcionário pode ingressar em um plano de contribuição definida com paridade contributiva.

O modelo de capitalização da Previdência Complementar é fundamental na visão de Flory para evitar o desequilíbrio das contas públicas e também para garantir uma aposentadoria mais digna para os servidores. O modelo ganha importância no contexto de aumento da longevidade da população em geral.

Evolução – A jornalista Myrian Clark apresentou dados que mostram a evolução do número de participantes e do rendimento dos ativos da Prevcom. O número de participantes, por exemplo, saiu de 16,1 mil em 2016, para 19,9 mil em 2016. No final de 2018 houve um grande salto para 27,0 mil até atingir os atuais 36,4 mil em julho de 2020. Flory enfatizou o forte crescimento verificado nos últimos anos, sobretudo após a crise econômica que atingiu o país em 2014 e 2015. Lembrou que esta crise foi mais severa e mais longa que a atual crise provocada pela pandemia.

O dirigente falou ainda das vantagens das entidades fechadas em relação às abertas em termos de retornos mais altos e de taxas mais reduzidas. Flory ainda comentou a composição das carteiras da Prevcom que tem atualmente 69% dos ativos em renda fixa, 14% em multimercados; 10% em renda variável e 7%, em investimentos no exterior.

Mara Luquet questionou ainda a maior concentração em renda fixa diante do atual patamar de juros reduzidos da economia doméstica. Flory explicou que a maior concentração nesta classe de ativos é decorrente das oportunidades aproveitadas nos anos de 2014 e 2015 quando houve a abertura das taxas das NTN-Bs. Na época foram adquiridos títulos públicos com remuneração de inflação mais 6,5% ou até 7,5% ao ano.

Flory também ressaltou os altos retornos propiciados pelos investimentos no exterior em 2020 em decorrência da alta o dólar e das moedas estrangeiras. Além do retorno satisfatório, ele lembrou que os ativos no exterior permitem maior equilíbrio de risco pelo fato de estarem descorrelacionados dos investimentos em Bolsa doméstica.

Clique aqui para assistir à entrevista – a partir de 20’ minutos

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