“O tempo é nosso aliado no regime de capitalização”. Essa foi uma das mensagens transmitidas por Cláudia Trindade, Diretora Executiva da Abrapp, em entrevista às jornalistas Mara Luquet e Myrian Clark, no programa Almoço do MyNews, realizado nesta quarta-feira, 15 de dezembro.
Durante a entrevista, Cláudia explicou que é importante planejar e poupar para a aposentadoria desde jovem. Quanto mais cedo começar a participar de um plano de previdência, maior será o volume de reservas acumulado. Isso ocorre porque no regime de capitalização, o tempo atua a favor do poupador com a incidência de juros sobre juros.
Cláudia Trindade projetou a formação de reservas com início em diferentes idades (18, 25, 50 e 60 anos). As projeções mostram que as diferenças são enormes, mas deixou a ressalva que é melhor começar tarde do que não começar nunca. Para realizar as projeções, atualmente há diversos sites que disponibilizam simuladores que mostram quanto se pode acumular com o tempo de contribuição e o valor dos aportes.
A especialista explicou também que o participante de plano de entidade fechada de previdência complementar deve optar pelo regime progressivo ou regressivo logo após o início da participação. Neste ponto, a Abrapp defende a proposta que a escolha do regime tributário seja realizado no momento do início do gozo de benefícios.
Longevidade – A Diretora da Abrapp lembrou que a expectativa de vida dos brasileiros estão aumentando ao longo do tempo. Atualmente, segundo o IBGE, a expectativa de vida média do brasileiro está em 77 anos. Com a perspectiva de se trabalhar ativamente até os 65 anos de idade, deve ocorrer um período de inatividade de 12 anos ou mais. Ela lançou a questão para a reflexão de como cada um quer viver no período que deixar de trabalhar na ativa. Para manter o padrão de rendimento com qualidade de vida, é preciso participar de um plano de Previdência Complementar.
Outro ponto abordado na entrevista foi a Previdência Complementar dos servidores públicos. Cláudia destacou que a Reforma da Previdência (Emenda Constitucional n. 103/2019) passou a exigir que os entes federativos que mantenham Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) ofereçam planos de benefícios para os servidores que tenham remuneração acima do teto do INSS. Neste momento, centenas de entes federativos estão em processo de aprovação de legislação específica e na seleção de entidades fechadas para administrar tais planos.
A jornalista Mara Luquet informou que as projeções apontam para o ingresso de 600 mil novos participantes provenientes do serviço público no sistema de Previdência Complementar. Cláudia Trindade lembrou que a grande vantagem do plano dos servidores é que são do tipo patrocinado, em que o ente público aporta paritariamente com o empregado para o plano de benefícios.
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