MyNews: Luiz Paulo Brasizza responde dúvidas de jovens sobre previdência em programa no YouTube

O Diretor-Presidente da UniAbrapp, Luiz Paulo Brasizza, foi o entrevistado desta quarta-feira (02) no quadro “Previdência para Todos” do programa Almoço de Quarentena, comandado pelas jornalistas Mara Luquet e Myrian Clark. O programa é transmitido pelo canal MyNews no YouTube e o quadro pode ser assistido por meio deste link. Durante o programa, Brasizza, que também é Vice-Presidente da Abrapp, respondeu questões de jovens sobre como construir sua previdência.

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Educação financeira e previdenciária – Na primeira parte do programa, Brasizza e Mara Luquet destacaram a importância da educação financeira e previdenciária. Brasizza notou que, não só no Brasil, como em outros países, esse conhecimento estava sendo deixado para segundo plano. Contudo, os impactos da atual crise sensibilizaram a população para a importância de cada pessoa se planejar para o futuro e ser responsável pelas decisões sobre seu dinheiro e investimentos. “Educação financeira tem que ser matéria de escolas, faculdades e universidades, para ajudar as pessoas nesse sentido”, defendeu Brasizza.

A jornalista Mara Luquet ressaltou que hoje há mais conteúdos sobre educação financeira disponíveis na internet. Contudo, alguns podem levar a entendimentos distorcidos, limitando esse conceito a guardar dinheiro, não gastar ou fazer dívidas. Outra distorção é a ideia de se tirar dinheiro aplicado na previdência para pagar dívidas, prejudicando o seu próprio futuro, enquanto estudos mostram que para quitar débitos o ideal é se utilizar de outras aplicações, menos a da aposentadoria.

Brasizza ressaltou que a educação financeira não pode se resumir à restrição dos gastos pessoais, que podem ser necessários, mas sim ensinar como fazer esses gastos. “O jovem tem muitos sonhos e cortar isso seria uma grande ruptura. O importante é gastar corretamente, por exemplo, não tomar dinheiro no cartão de crédito a taxas altíssimas, mas gastar de forma correta e pensar no longo prazo”, ressaltou o dirigente. Brasizza acrescentou que já existem opções no mercado por meio das quais se pode fazer investimentos de curto prazo, para atender necessidades, e também investir no longo prazo e cuidar do futuro.

Respostas para os jovens

Ao longo do quadro, Brasizza respondeu às perguntas de quatro jovens, em diferentes situações, sobre os investimentos em previdência.

Onde começar a poupança? – O primeiro caso foi o de Laura Rodrigues, 25 anos, estudante de pedagogia que queria saber o primeiro passo para começar a guardar dinheiro para o futuro.  Brasizza ressaltou que para quem ainda não tem a opção de começar a previdência por meio de uma entidade fechada de previdência complementar, uma das melhores alternativas para esse início de poupança são os investimentos via Tesouro Direto. O programa do governo oferece grande variedade de papéis em que se pode investir com valores iniciais baixos, com ganho real (atrelados à inflação) e também longo prazo. Conforme o jovem aprofundar sua educação financeira, ele poderá navegar por outras alternativas.

Quanto poupar?  – O músico e estudante de administração, Davi Teixeira, de 20 anos, começou a poupar R$ 300 por mês de cachês, sensibilizado pelo desemprego causado pela crise do novo coronavírus. Ele queria saber em quantos anos poderia se aposentar com essa quantia. Brasizza ressaltou que, mais do que o valor, o importante é o sonho de cada pessoa para seu futuro. Se o sonho for se aposentar pelo regime geral e ter um plano de saúde, o valor atual pode atender quando ele tiver 65 anos. Contudo, se o seu objetivo for se aposentar e ainda ter recursos para realizar outros sonhos, com uma melhor qualidade de vida, será preciso acumular um pouco mais de dinheiro. Mara Luquet acrescentou que o importante não é guardar muito, mas guardar sempre, para ter disciplina. E a partir daí ele poderá conhecer instrumentos para aumentar seu patrimônio.

Quais as opções para poupar? – A estudante e empreendedora Flavia Sanches, de 22 anos, já conta com um plano de previdência em entidade aberta, feito pelos pais, e utiliza a poupança para os recursos de curto prazo. Sobre essas opções, Brasizza notou que o Tesouro Direto oferece uma rentabilidade maior que a poupança para os recursos de curto prazo. Ele também chamou atenção para o fato de que a estudante, que não tem plano de previdência complementar fechada, mas em entidade aberta, precisa entender quais sãos as condições desse plano e a instituição financeira parceira que aufere lucros com isso, principalmente em relação às taxas cobradas, além de verificar a adequação da tábua atuarial aplicada em relação ao aumento da longevidade. “São quantias que podem parecer pequenas, mas fazem toda a diferença no longo prazo”.

Previdência oferecida pela empresa vale a pena? – A última questão foi de Gustavo Cardoso, de 27 anos, que entrou em uma empresa que oferece plano de previdência complementar fechada com desconto em seu salário, com a contrapartida da empresa contribuir com a mesma quantia para incentivar sua poupança. Ele perguntou se compensaria fazer esse investimento. Brasizza destacou que sim e ressaltou os dois motivos porque o rendimento na previdência complementar fechada é imbatível: não há imposto de renda no período de acumulação – o que já proporciona ganhos de 20% em relação a outras aplicações de mercado – e tem a contribuição adicional da empresa igualando 100% do valor que ele contribuir, o que aumentará muito sua capacidade de poupança. Quem já tem essa previdência, ao se aposentar, sempre comenta que gostaria de ter começado mais cedo, pelas vantagens oferecidas.

Cobertor curto – Durante o programa, foram apresentados dados que reforçam a importância de se começar a previdência complementar ainda jovem. A primeira é que pelo regime de repartição do INSS, não só no Brasil, mas igualmente no mundo, a tendência é que o teto de aposentadoria seja cada vez menor, suficiente apenas para tirar as pessoas da linha da pobreza extrema. Atualmente, segundo dados da PNAD/IBGE, apenas 1% dos aposentados pelo regime geral é independente financeiramente – a grande maioria já depende de parentes ou precisa continuar trabalhando.

Outro aspecto é a diferença do esforço de poupança. Quem começar sua previdência aos 18 anos ou 25 anos terá que investir menos por mês para ter uma aposentadoria tranquila. Quem começar depois terá menos tempo para acumular essa reserva, e, portanto, terá que dedicar uma parte maior da renda para assegurar a aposentadoria. “Portanto, a hora é agora. Previdência é coisa de jovem. Previdência já”, arrematou Brasizza.

Clique aqui para assistir ao quadro Previdência para Todos (a partir do minuto 19:25).

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