Participação de mulheres em Conselhos é tema de programa com Aparecida Pagliarini

A Coordenadora da Comissão de Ética do Sindapp e Conselheira da OABPrev-SP, Aparecida Pagliarini, foi a convidada do programa “Governança em Pauta”, do Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro (CRA-RJ). O programa contou ainda com as representantes da Comissão de Governança Corporativa, Renata Lopes, e da Comissão da Mulher Administradora do CRA-RJ, Sônia Marra. O debate foi moderado por Josué Amador. 

Pesquisa citada no programa, realizada pela Spencer Stuart, apontou que a presença de mulheres em conselhos de administração de empresas no Brasil chegou a 10,5% em 2019. Inferior à média de 23,7% dos 21 países analisados pela consultoria.

Em sua participação, Aparecida Pagliarini ressaltou que a governança se define como uma forma de governar dentro de um ambiente com distribuição de poderes. E, nesse quesito, as mulheres sempre tiveram presença forte ao longo da história, governando impérios e nações. A lista vai de Cleópatra a Angela Merkel, entre outros exemplos de liderança feminina que se destacaram mais recentemente, como a primeira ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, reconhecida por sua gestão no enfrentamento à pandemia de COVID-19.

“Faz parte da mulher saber governar. Agora a governança corporativa, a governança das corporações, é um ambiente, em tese, dominado pelos homens. Digo em tese porque as pesquisas e trabalhos que tenho lido e acompanhado se referem a empresas de capital aberto”, notou Aparecida. “Mas ao se voltar para as empresas de capital fechado e administração familiar se encontrará uma grande quantidade de mulheres formadas, informadas e líderes nessas empresas”.

Mais diversidade – O estabelecimento de cotas para aumentar a presença feminina em conselhos de administração, alvo de projetos de lei no Congresso que tratam das empresas públicas e de economia mista, foi abordada no debate. Aparecida expôs que é contrária a esse tipo de imposição e disse ver outro caminho para a mudança. 

“O caminho é a educação e especialização. Não será por imposição de cotas que resolveremos isso. É a educação, especialização, entender os ambientes e criar novos. (…) Até para construir um novo tipo de sociedade, sem nenhum preconceito”, ressaltou a Conselheira da OABPrev-SP. 

Aparecida acrescentou que a jornada para o equilíbrio deve incluir a diversidade em todas as suas faces. “Dentro da administração de uma empresa, para que ela saia dos números e seja um pouco mais humana, é preciso ter esse equilíbrio. Então não é só a presença da mulher; tem que ter diversidade de gênero, de idade etc. Com conhecimento, preparo técnico e gerencial. É essa diversidade que precisamos”.

Shares
Share This
Rolar para cima