PrevInfra apresenta evolução do mercado de infraestrutura e oportunidades para o futuro

Em meio às oportunidades que investimentos em infraestrutura apresentam para investidores com o objetivo de longo prazo, o PrevInfra – Encontro Abrapp Abipem realizado na manhã desta sexta-feira, 3 de maio, no auditório da Câmara Americana de Comércio, em São Paulo, apresentou a evolução deste mercado nos últimos anos. 

O Painel 1 “Panorama da Infraestrutura: O Brasil de 2024 até as Perspectivas Futuras” contou com a moderação de João Carlos Ferreira, Diretor Vice-Presidente Regional Sudoeste da Abrapp responsável pelo Colégio de Coordenadores de Investimentos e do Comitê de Inovação e Tecnologia, e a apresentação de Eduardo Bittencourt, VP de Infraestrutura e Sócio XP Inc.

Bittencourt visou discutir como o mercado de investimento enxerga as oportunidades e desafios da infraestrutura e como endereçar eventuais problemas para poder atrair cada vez mais investimentos das EFPC. 

Assim, apresentou oportunidades de investimento em todos os estágios de projetos via estratégias complementares, como fundos de equity e fundos de crédito. “Demandas para crescimento somadas à falta de investimentos oferecem diversas oportunidades de negócios em infraestrutura”, destacou.

Ele reiterou que o investimento nesse setor ainda é baixo, e por isso essa é uma agenda de país, e não apenas política, que precisa muito de ajuda. “Vários esforços têm sido feitos no sentido de fomentar e trazer mais investimentos a esse setor”.

O setor privado é majoritariamente responsável por esse tipo de investimento, e Bittencourt afirmou que ainda há lacunas a serem preenchidas, apresentando algumas possibilidades de investimento.

Entre elas, FIPs de Infraestrutura que garantem isenção de imposto de renda. “Quanto mais gente nesse mercado, melhor, e maior a chance de fazer um bom processo de desinvestimento”, disse.

Segundo ele, o mercado de FIPs em infraestrutura melhorou a liquidez desses ativos, e fundos de private equity e venture capital também são uma estrutura utilizada para acessar o setor.

“A forma como o mercado tem evoluído nos últimos anos teve participação importante das pessoas físicas. Apesar das EFPC não estarem nesse universo, isso traz liquidez aos papéis e também dos ativos em um processo de venda e alienação”, reiterou.

Outro ponto destacado são os avanços setoriais e regulatórios. “Há alguns anos, a maior parte do investimento em infraestrutura acabava ficando muito restrita ao segmento de energia”, disse Bittencourt, reforçando que agora há maior diversificação setorial, como rodovias, portos, aeroportos, etc.

Ele destacou ainda que o investimento em infraestrutura permite uma compressão de taxa, e do risco. “Se isso for aliado a uma compressão macroeconômica, o resultado pode ser ainda melhor”.

Setores e processo de investimento – O profissional da XP mostrou ainda alguns estudos de casos sobre o tema, com foco em estratégias de gestão e governança. “Quando entramos como acionistas, temos o dever de monitoramento e uma tese de investimento”, disse. 

Ele ressaltou que dentro do próprio segmento de infraestrutura, há diferentes oportunidades de estratégia. “Podemos ter investimentos com tese de crescimento ou de consolidação”, disse Bittencourt, explicando um pouco na prática as duas abordagens.

Apresentando o trabalho da equipe da XP, que envolve áreas de suporte jurídico, compliance, controle, monitoramento, além das equipes de gestão dos fundos e com presença nas empresas investidas, Bittencourt explicou o processo de investimento, que envolve análise com uma proposta não vinculante e posteriormente um período de diligência que conta com a figura do gestor e profissionais qualificados específicos de cada área para ter uma visão técnica e específica sobre o ativo.

Outro ponto importante para que esses investimentos prosperem é o tópico ESG, que tem tido um movimento forte no Brasil e no mundo, ganhando muita atenção. “Em infraestrutura, há uma sinergia entre esses tópicos”, conclui.

O PrevInfra conta com patrocínio ouro da Bocaina Capital; Pátria Investimentos; Perfin Infra; Vinci Partners; e XP Investimentos. Apoio: Fator e RJI Investimentos. O evento é organizado e realizado pela Abrapp e Abipem com o apoio institucional da UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta.

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