Os impactos das mudanças climáticas no Brasil e no mundo todo evidenciam a necessidade de investimentos em recursos e serviços que minimizem os efeitos prejudiciais que já são vistos em todo o planeta. Por isso, o desenvolvimento de produtos de infraestrutura focados nessa temática entra cada vez mais no radar dos investidores.
O Painel “Mudanças Climáticas e as Oportunidades de Investimento em Infraestrutura Sustentável no Brasil” realizado no PrevInfra – Encontro Abrapp Abipem nesta sexta-feira, 3 de maio, no auditório da Câmara Americana de Comércio, em São Paulo abordou o tema.
O moderador e jornalista Luís Nassif destacou que a neo-industrialização abarca transição energética, com energia renovável, armazenamento, eficiência energética, redes inteligentes, mobilidade sustentável, entre outros, e o Brasil precisa de um grupo de trabalho integrado por especialistas para estudar o tema, contando com a participação de fundos de pensão, que são potenciais propulsores de investimentos para desenvolvimento desses projetos.
Aprofundando ainda mais o debate, Rodrigo Rocha, Sócio de Infraestrutura da Vinci Partners. apresentou alguns investimentos selecionados e associados à pauta climática. “Os ativos de infraestrutura vêm de uma essencialidade do que esses serviços prestam, com uma demanda pouco elástica. Os ativos são monopólios naturais, tendo uma baixa competição em geral, tem margem alta de rentabilidade e uma equação risco-retorno mais equilibrada”, disse.
A uma evidência irrefutável sobre a importância do tema clima nos investimentos de infraestrutura deixa ainda mais urgente a necessidade de tratar a infraestrutura de forma sustentável, ajudando a mitigar ou adaptar à mudança climática, disse.
Contudo, no Brasil, há décadas de subinvestimento, com o investimento público caindo, o privado não sendo suficiente para modernizar a economia. Adicionando essa equação à descarbonização, o tema se agrava, segundo Rocha, e os gastos devem ser cada vez maiores para garantir que o impacto das mudanças climáticas no mundo sejam mitigados.
“As oportunidades no Brasil são justamente em setores que mitigam esses impactos, como reflorestamento, mobilidade urbana e agricultura. Há também teses com potencial de se desenvolver ao longo do tempo para que essa transição ocorra”, destacou.
Para atuar junto aos investidores, a Vinci atua com participação societária, controle ou co-controle, e implementação de projetos para poder contribuir para a sociedade. Entre os projetos já realizados está a exposição a um setor de rápido crescimento com retorno atrativos e alto impacto: o de energias renováveis. “Dá para investir em infraestrutura com alto rigor de sustentabilidade obtendo retorno atraente”.
Mapeando outras estratégias, a Vinci ainda monitora os setores de geração de energia solar e água e saneamento, incluindo plantas de geração solar com contratos de longo prazo. “Temos uma equação risco-retorno mais equilibrada nesses projetos, além de certa previsibilidade”, pontuou Rocha.
O PrevInfra conta com patrocínio ouro da Bocaina Capital; Pátria Investimentos; Perfin Infra; Vinci Partners; e XP Investimentos. Apoio: Fator e RJI Investimentos. O evento é organizado e realizado pela Abrapp e Abipem com o apoio institucional da UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta.