Foi publicado o Relatório Gerencial de Previdência Complementar – RGPC, referente ao 1º trimestre 2022. Um dos principais destaques do presente relatório é que o retorno positivo dos ativos das entidades fechadas (EFPC) do primeiro trimestre permitiu que o déficit técnico acumulado dos planos de benefícios tivesse redução mensal média de 11% desde dezembro de 2021.
O sistema tinha registrado no final do ano de 2020 resultado superavitário da ordem de R$ 7,6 bilhões, superando as expectativas daquele período, tendo em vista que naquela ocasião enfrentava-se uma pandemia mundial por conta da Covid-19. Apesar dos esforços pela retomada da economia, após o início da vacinação, o ano de 2021 se mostrou um ano de incertezas e grandes oscilações nos resultados financeiros e econômicos, o que levou novamente à ocorrência de resultado financeiro deficitário, de R$ 36,5 bilhões, para os planos de benefícios das EFPC.
A partir de janeiro de 2022 este resultado deficitário vem apresentando redução mensal, encerrando março em R$ 25,63 bilhões. Esse resultado favorável se deve, em certa medida, pela alta acumulada do Ibovespa (principal índice da bolsa de valores brasileira) no 1º trimestre de 2022, de 14,48%, elevando o resultado financeiro dos investimentos em renda variável, onde estão concentrados parte dos investimentos dos planos de benefícios das EFPC. Analogamente, o IMA -B, índice que acompanha a carteira de títulos públicos atrelados ao IPCA, teve retorno acumulado de 2,87% no mesmo período.
Outros destaques – Além disso, no período entre janeiro de 2021 e março de 2022 houve acréscimo de 260 patrocinadores, especialmente entre os públicos estaduais e municipais, tendo em vista a implantação do RPC pelos entes federativos. Nesse primeiro trimestre, a Previdência Complementar dos servidores públicos totalizou 25 planos e 635 patrocinadores.
As entidades fechadas pagaram R$ 80,3 bilhões em benefícios nos 12 meses encerrados até 31 de março de 2022. Já as entidades abertas pagaram R$ 4,33 bilhões em benefícios no mesmo período.
A partir desse ano o relatório passa a ter periodicidade trimestral e contará com um “Suplemento Especial” a cada edição, que trará mais detalhes sobre um tema específico e relevante para o segmento. Nessa edição apresenta uma análise da implementação do RPC pelos entes federativos.
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