Revista da Previdência Complementar: A Covid-19 e seus efeitos sobre o comportamento

Por Flávia Silva – Matéria publicada na edição nº 434 (maio/junho de 2021) da Revista da Previdência Complementar – publicação da Abrapp, Sindapp, ICSS e UniAbrapp.

A pandemia da Covid vem impactando fortemente o bem-estar financeiro, físico e mental das pessoas, com consequências negativas sobre as suas decisões e a maneira como trabalham. Incertezas econômicas, o medo da doença e o isolamento social cobram um preço alto, exigindo dos empregadores ações para amenizar esses desdobramentos. O mercado como um todo também é afetado por um processo decisório, muitas vezes influenciado pela emoção, na medida em que se observa tanto uma tendência de adiantamento da aposentadoria, por um lado, quanto de retorno à ativa por indivíduos mais velhos, por outro.

Segundo a empresa americana de promoção de bem-estar Total Brain e a ONG National Alliance of Healthcare Purchaser Coalitions, durante a pandemia, a saúde mental dos trabalhadores vem sendo mais ou menos afetada dependendo da sua faixa etária. Indivíduos de meia-idade – com 40 a 59 anos – são os que mais lidam com sentimentos de ansiedade, por exemplo, revelou o um recente Índice de Saúde Mental produzido pelas organizações. Desde o advento da Covid-19, a ansiedade aumentou 86% nessa faixa etária, que também registra um incremento de 51% nos sintomas relacionados ao transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

A chamada “geração sanduíche” – por vezes responsável pelo cuidado a crianças e pais idosos em meio à pandemia, num ambiente econômico incerto – costuma ser composta por trabalhadores de nível gerencial, observa Louis Gagnon, CEO da Total Brain. “São eles os responsáveis por manter os negócios dentro da normalidade num momento em que o ambiente corporativo carece totalmente de normalidade”.

Entre fevereiro e março, a capacidade de planejamento dos trabalhadores, de maneira geral, apresentou poucas mudanças. No entanto, tal habilidade sofreu redução de 10%, no período de referência, na faixa etária de 40-59 anos. Entre os homens, a queda foi de 16%. A capacidade limitada de planejamento tende a prejudicar a tomada de decisões nas áreas de atuação desses profissionais, ressaltam os estudiosos. Sentimentos de medo e pânico trazem dificuldades de concentração, também interferindo no processo decisório no ambiente de trabalho. (Continua…)

Clique aqui para ler a matéria na íntegra e acesse a edição nº 434 (maio/junho 2021)

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