Sob o impacto da pandemia, das incertezas econômicas e de uma realidade em que o CDI está praticamente à beira da extinção, a expressão “todo ativo conta” ganhou peso ainda maior nas estratégias de investimentos das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC). De meados de fevereiro até o final de março, os gestores responderam à crise e à total falta de visibilidade sobre os preços dos ativos interrompendo voos mais ousados em renda variável, exterior e outras classes.
Preservaram liquidez, exploraram oportunidades pontuais, rebalancearam portfólios, e agora estão na linha de largada para retomar a diversificação. Ainda em ambiente de alto risco, a necessidade de capturar retornos diferenciados, com precisão e segurança, tornou-se o mantra nos próximos meses.
Além da Bolsa, a parcela alocada em crédito machucou bastante as carteiras em março, lembra o Sócio da Aditus Consultoria Financeira, Guilherme Benites. “Mas as perdas foram democráticas, atingiram a todos. Os meses de abril e maio trouxeram recuperação e alguma perspectiva sobre como será a saída da pandemia”, reflete.
Até maio, segundo avaliação da Aditus, de modo geral os planos BD conseguiram performar mais ou menos bem, próximos de zero, enquanto os CV e CD ficaram mais abaixo, mas com possibilidade de recuperação no segundo semestre.
A reportagem da edição de julho/agosto da Revista da Previdência Complementar traz o relato de onze entidades que contam como estão atravessando o cenário turbulento e o que vislumbram para o futuro. Os dirigentes revelam as principais táticas adotadas para superar as dificuldades de superar as metas dos planos diante da crise e da turbulência do cenário atual, agravadas pelo acentuamento da redução das taxas de juros dos ativos de mercado.
As entidades são as seguintes: Aceprev, Fachesf, Forluz, Funcesp, Libertas, Previsc, Previ, Petros, Real Grandeza, Sistel e Valia.
Leia reportagem na íntegra nas páginas 13 a 18.
