Mostrando os fundos multimercados como uma estratégia de investimentos que pode rentabilizar positivamente em ambientes diferentes, o painel “Panorama do Cenário Macroeconômico Global e Estratégias de Multimercado” iniciou a programação da 12ª edição do Seminário Gestão de Investimentos nas EFPC.
O evento acontece nos dias 27 e 28 de junho, das 9h às 18h, presencialmente no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.
Bruno Marques, Gestor Multimercado da XP Asset, e Fernando Genta, Economista-Chefe da XP Asset, fizeram uma exposição sobre esses produtos a partir de um panorama dos fundos multimercados ao longo dos últimos anos, explicando também a XP Asset atua com suas estratégias.
Traçando perspectivas sobre o cenário macroeconômico, Fernando Genta destacou que o período pós-pandemia está permeado de incertezas. “O mundo que convive com ambiente inflacionário muito alto, o que tem feito com que as políticas monetárias sejam apertadas mundo afora”, disse.
Enquanto os países desenvolvidos seguem subindo juros com a economia desacelerando, na América Latina, os Bancos Centrais já subiram juros e estão discutindo quando devem cortar.
“A economia brasileira está muito mais forte do que se antecipava. Até pouco tempo atrás, o crescimento previsto para o PIB era de 0,5%, e isso tem sido revisado para cima, podendo chegar a 2%. Temos um consumo das famílias forte de novo. A renda está forte, o mercado de trabalho formal está forte no Brasil”, avaliou Genta.
Ainda assim, a inflação de serviços segue forte, e os núcleos da XP mostram que ela se mantém resiliente. “Atividade forte, inflação alta, o Banco Central colocou as taxas de juros muito acima do patamar neutro e a discussão é qual vai ser a velocidade de normalização”, ressaltou.
Ainda assim, o mundo deve conviver com taxas de juros mais elevadas, avalia. Sua projeção é que a taxa Selic caia para 10% ao longo do primeiro semestre do ano que vem e próximos passos dependem do processo desinflacionário.
“Se a inflação voltar a convergir para meta e não evoluir, o Banco Central deve decidir se seguirá cortando juros. Esse debate deve seguir nos segundo semestre de 2024”, disse Genta.
A partir dessa avaliação, Bruno Marques explicou como a XP Asset tem alocado seus investimentos, reforçando que o cenário está mais favorável para ativos de risco, com mais posicionamento também em ativos brasileiros.
“Estamos vendo dados voltando a se fortalecer”, disse. No cenário externo, Marques destacou que o Banco Central dos EUA, o Fed, deve se aproximar do fim do ciclo de alta de juros, já que a economia norte-americana tem mostrado resiliência forte.
No Brasil, a perspectiva é de um país crescendo mais. “Estamos numa revisão de inflação, com algumas surpresas positivas vindo do governo. O ambiente é construtivo”. Ele citou a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgada nesta manhã indicando uma chance da queda de juros começar em agosto, o que ajuda nessa visão mais construtiva em prol de um crescimento, e menos pessimista com o quadro fiscal de curto prazo.
“Acreditamos que todos os ativos reais são melhores em termos de alocação, por isso estamos comprando bolsa no Brasil”, destacou Marques.
O Seminário Gestão de Investimentos nas EFPC é uma realização da Abrapp com apoio institucional da UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. Patrocínio Black: XP e S&P Dow Jones Indices; Patrocínio Ouro: AZ Quest, BNP Paribas, Bradesco Asset Management, BTG Pactual Asset Management, Carbyne Investimentos, DWS Xtrackers, Global X Etfs, Inter, Investo, Itajubá Investimentos, Kadima Asset Management, Perfin, Rio Bravo, Santander Asset Management, Schroders, Sparta, TAG Investimentos, Trígono Capital, Vinci Partners; Patrocínio Prata: BB Asset, Galapagos Capital, HMC Capital; Patrocínio Bronze: Aditus, ARX, Franklin Templeton, Indie Capital, MAG Investimentos, RJI Investimentos, SulAmérica; Apoio: Bahia Asset Management, BlackRock, Fator, Hashdex, Leblon Equities, Método Investimentos,Patria Investimentos, StepStone.
