Os investimentos em infraestrutura e crédito estruturado estão entre as oportunidades para Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) que buscam rentabilidade sustentável, mas a atração de capital privado depende de um ambiente jurídico e regulatório estável e confiável. Durante o 14º Seminário Gestão de Investimentos nas EFPC, gestores avaliaram que essa segurança já é uma realidade.
O evento reúne, entre os dias 28 e 29 de maio, em São Paulo, experts e gestores de destaque no mercado financeiro e previdenciário para discutir estratégias inovadoras, diversificação de portfólio e eficiência operacional.
Para Carolina Rocha, COO da Perfin, as oportunidades que esses investimentos oferecem no Brasil estão cada vez maiores, com o governo dando mais conforto jurídico e regulatório para o setor nos últimos anos. Entre os segmentos fortalecidos citados por ela estão o de transmissão energética e de rodovias.
Ela apontou que no Brasil e no mundo, as companhias de infraestrutura vêm performando bem, e a transição energética e digitalização da infraestrutura são ganchos para esse resultado. “A alocação de investidores institucionais no setor está aumentando e há cada vez mais gestores atuando no setor”, disse.
“Vemos um momento muito mais propício”, continuou Carolina. “As mudanças regulatórias também foram importantes para transmitir maior segurança aos investidores”. Fernando Scharlack Marcato, Professor da FGV Direito SP, também reforçou este ponto, ressaltando que investidores devem ser focados em setores de infraestrutura que estejam apoiados em planejamento, regulação e operação.
Isso depende de uma legislação robusta e agências reguladoras fortalecidas. “Investidor institucional e fundos especializados fazem uma leitura e compreendem os riscos regulatórios”, pontuou.
“Hoje temos muito claro que o planejamento deve ser feito pelo governo federal, estado ou município; a agência reguladora precisa ter algum nível de independência; e a operação se dá por meio de um contrato com índices de desempenho e metas de atendimento que vêm sendo respeitados e apoiados pelo judiciário”, reforçou Marcato.
Carolina complementou dizendo que o investimento em infraestrutura é de longo prazo, com receita praticamente conhecida e margens altas, o que gera um fluxo de caixa elevado. “As EFPCs precisam ter clareza sobre seus riscos, e precisamos tangibilizar bem os ativos e ter a previsão de fluxo necessária para os investidores institucionais”.
O 14º Seminário de Investimentos nas EFPC é uma realização da Abrapp com o apoio institucional da UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. Patrocínio Black: XP Investimentos. Patrocínio Ouro: ASA, AZ Quest, BNP Paribas Asset Management, Bradesco Asset Management, Brunel Partners, Fram Capital, HSI, Itajubá Investimentos, Mirae Asset, Sparta, SulAmérica Investimentos, Tarpon, Tivio Capital, Trígono Capital, Vinci Compass. Patrocínio Prata: 4UM Investimentos, Aberdeen Investments, BB Asset, Icatu Vanguarda. Patrocínio Bronze: Aditus, ARX Investimentos, Augme Capital, Consepro AI, Constância Investimentos, DWS, Galapagos Capital, HMC Capital, Investo, Itaú Asset Management, Novus Capital, Opportunity, Porto Asset, Real Investor, RJI Investimentos, Safra, Santander Asset Management, Teva Indices, V8 Capital. Apoio: Bahia Asset Management, BRZ Investimentos, MAPFRE Investimentos, Pátria Investimentos.
