Seminário Dever Fiduciário: Especialistas abordam a utilização de KRIs para o controle de riscos e tomada de decisões

A utilização de indicadores chave de risco, conhecidos pela sigla KRIs, para controle e mitigação de riscos e tomada de decisões mais fundamentadas, foi o tema abordado pela  Especialista da UniAbrapp Ana Nolte e pelo Coordenador da Comissão Regional Sudeste de Governança e Riscos da Abrapp Marcelo Côrtes da Cruz, em painel do 6º Seminário Dever Fiduciário, nesta quarta-feira (30/07). Em formato 100% online e ao vivo, o evento é uma realização da Abrapp com apoio institucional do Sindapp, ICSS, UniAbrapp e Conecta. 

Marcelo Côrtes da Cruz realizou a moderação do painel e realizou uma breve apresentação do Guia de Implementação dos KRIs nas EFPC. A primeira edição do material foi publicada pela Abrapp neste mês de julho a partir de um aprofundado trabalho de sua Comissão Técnica de Governança e Riscos. O projeto surgiu a partir do planejamento estratégico da Abrapp de 2023 e seu desenvolvimento ocorreu ao longo de 2024 e primeiro semestre de 2025.  

O guia tem como objetivo principal fornecer um roteiro detalhado e prático para que as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) possam implementar e gerenciar eficazmente os indicadores chave. “A gestão de riscos é um componente crucial para a sustentabilidade e o sucesso de qualquer organização, e nas EFPCs, que lidam com a segurança financeira de longo prazo de seus participantes, essa importância é ainda mais acentuada”, diz apresentação do guia. 

Para a elaboração do material, a Comissão Técnica formou três subgrupos que trabalhou em diferentes áreas (investimentos, atuária e compliance). “Trata-se de um guia para implementar e gerenciar os KRIs em alinhamento com a gestão baseada em risco. É um material que tem como objetivo auxiliar na melhoria da tomada de decisões e no fortalecimento da governança e transparência da gestão das entidades”, comentou Marcelo Côrtes. O grupo já vislumbra a elaboração de uma segunda edição após a atualização da Resolução Previc 23/2023. 

Ana Nolte destacou que a produção do guia é resultado de um trabalho bastante intenso da Comissão Técnica de Governança e Riscos da Abrapp. Sua apresentação no seminário teve o objetivo de apresentar e discutir o propósito da utilização dos indicadores chave com o objetivo de fortalecer a governança e o próprio dever fiduciário das entidades fechadas.

“A utilização dos indicadores chave deve partir do planejamento estratégico e de como a alta liderança identifica os principais riscos para que o planejamento se concretize”, explicou a especialista. Ela esclareceu que a alta liderança deve definir parâmetros de como fugir e controlar diversos tipos de riscos como ASG, privacidade, relacionamento com clientes, IA, entre outros.

E continuou explicando que os riscos devem ser identificados e mensurados dentro da cadeia de valor para buscar os processos críticos relacionados a cada um deles. O próximo passo será definir e implementar as atividades de controle com o intuito de agir para que os riscos não se materializem. É o momento de estabelecer planos de ação. 

“Aqui entram os KRIs que têm por finalidade identificar se o risco faz sentido ou não. Isso deve retroalimentar o próximo ciclo de planejamento estratégico em termos de orçamento. O controle de risco deve se traduzir em recursos operacionais e humanos”, explicou Ana Nolte. Outro ponto importante é o desdobramento para a definição dos níveis de tolerância a cada um dos riscos principais. 

“É preciso identificar os limites de exposição ao risco; como mensurá-los no nível operacional e como estabelecer os alertas. Ou seja, é necessário definir qual o apetite ao risco”, apontou. Daí deve-se avançar para produzir as ferramentas para uma tomada de decisão mais consciente e objetiva e fundamentada. “Os indicadores chave devem conversar com a tolerância e conectar com as métricas para estabelecer uma mensuração  mais objetiva”, explicou a Especialista da UniAbrapp. 

O 6º Seminário Dever Fiduciário contou com patrocínio ouro da PFM Consultoria e Sistemas e patrocínio bronze da Apoena Soluções em Seguros. 

Shares
Share This
Rolar para cima