Realizado de 3 a 6 de outubro no Rio de Janeiro, a primeira edição do Seminário de Investimentos, Governança e Aspectos Jurídicos da Previdência Complementar (SIGA) promoveu o debate de como conciliar o sucesso econômico e os aspectos ambientais, sociais, de governança e integridade (ASGI) nos investimentos. O evento foi organizado pela Previ em conjunto com a Anapar, Fachesf, Funcef, Petros, Postalis e Valia.
Estiveram reunidas as principais lideranças das EFPCs, assim como presidentes de conselhos de administração e CEOs de empresas, gestores de recursos, instituições representativas do mercado de capitais e órgãos reguladores.
A Abrapp participou do primeiro dia do seminário. Na ocasião, o Superintendente Geral, Devanir Silva, esteve presente no painel “Novos paradigmas das EFPCs” ao lado do Diretor Superintendente da Previc, Ricardo Pena, e do Presidente da Anapar, Marcel Barros, com moderação de Wagner Nascimento, Diretor de Seguridade da Previ.
A discussão abordou as alterações na legislação e impactos para o setor de previdência complementar fechada no Brasil, e houve uma convergência entre os palestrantes sobre gargalos que precisam ser desobstruídos, em especial, na regulação do setor, para favorecer o fomento, saiba mais.
A abertura do encontro contou com a participação de autoridades como os Ministros Carlos Lupi, da Previdência Social, e Alexandre Padilha, de Relações Institucionais. Também marcaram presença na abertura Tarciana Medeiros, Presidente do Banco do Brasil; João Fukunaga, Presidente da Previ; Ricardo Pontes, Presidente da Funcef; Camilo Fernandes, Presidente da Postalis; Maurício Vanderlei, Diretor da Valia e Fred Schulz, Diretor da Petros.
“A longevidade aumentou, as pessoas estão vivendo cada vez mais, e precisamos pensar em um modelo para esse novo cenário. Seja com hospitais que tragam no cerne a atenção integral à saúde ou até mesmo com condomínios para idosos. Esse modelo de negócios é transformador e precisa ser amplamente discutido. Por que não irmos além da previdência? O nosso propósito vai muito além de pagar benefícios. É cuidar do futuro das pessoas. E estamos trabalhando para conseguir atingi-lo”, disse João Fukunaga.
O painel sobre diversidade nos ambientes de investimentos, moderado pela Diretora de Planejamento Paula Goto, contou com a participação da Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, da Presidenta do Conselho de Administração do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano e da Vice Presidente de pessoas da Vale, Marina Quental.
Marina defendeu a expansão da inclusão de mulheres, pretos e pardos em seus cargos, especialmente nos de liderança. A meta da empresa é ter 40% desses cargos ocupados por esse público. Já Luiza Helena Trajano apresentou um vídeo de um de seus programas de trainee para pessoas pretas e lembrou da importância do programa de inclusão: “Cota é um processo transitório para acertar uma desigualdade”.
Outro painel de destaque foi sobre “Novos caminhos e alternativas para os investimentos sustentáveis”, moderado por Gilmar Wanderley, executivo de gestão de Renda Variável na Previ; Henrique Jäger, Presidente da Petros; Edécio Brasil, Presidente da Valia e Vice Presidente do Conselho Deliberativo da Abrapp; João Lopes, CEO do Banco Fator; Marcelo Pacheco, CIO da BB Asset; Marcio Correia, Gestor de Fundos de Ações da JGP e Marcelo Souza, da Patria Investimentos.
O painel “O papel dos diferentes agentes no enfrentamento do racismo estrutural”, moderado por Márcio de Souza, Diretor de Administração da Previ, contou com a presença de Ivone Silva, presidenta do Instituto Lula; José Vicente, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares; Lidiane Orestes, Coordenadora da Equipe Matricial de Diversidade do Banco do Brasil; e Rafael Sach, Membro do Comitê Pró Equidade de Gênero, Raça e Diversidade da Previ.
No quarto e último dia de evento, os debates foram sobre os aspectos jurídicos da previdência complementar. Dentre os assuntos discutidos nos painéis estão o tema 452 do STF e seus impactos nos planos de benefício das EFPCs; possibilidades de inovação no meio jurídico, principalmente pela utilização de inteligência artificial e metaverso; panorama e perspectivas sobre acordos judiciais envolvendo fundos de pensão com experiências envolvendo a realização de acordos judiciais pelas entidades fechada.
Com informações do site da Previ