S&P DJI realiza divulgação do Índice Brasil ESG para investidores institucionais

Paulo Eduardo Sampaio
A S&P Dow Jones Indices está realizando ações para a divulgação de seu novo ìndice  S&P/B3 Brasil ESG para o mercado de investidores institucionais e setor de entidades fechadas de Previdência Complementar (EFPC). Lançado no início de setembro passado, o novo índice utiliza critérios de seleção baseados em regras, que têm por base princípios ESG para escolher e ponderar seus componentes do S&P Brazil BMI (índice amplo de mercado) que estão listados localmente na B3.

O objetivo é dar aos investidores uma exposição central ao mercado brasileiro de valores e ao mesmo tempo proporcionar um impulso significativo no desempenho de acordo com pontuações ESG. “O novo índice é um instrumento de gestão passiva que pode ser utilizado pelos investidores, inclusive as entidades fechadas, em suas estratégias de investimento com critérios ESG”, explica Paulo Eduardo Sampaio, Diretor Sênior para a América Latina da S&P Dow Jones Índices. Ele informa que o Índice ESG Brasil é composto atualmente por 96 empresas da Bolsa brasileira.

Das 167 empresas consideradas pelo S&P Brazil BMI, foram excluídas as companhias de tabaco, armamentos e aquelas que utilizam carvão térmico em seus processos produtivos. Além disso, ficam de fora também as empresas com pontuações desqualificadoras segundo o Pacto Global das Nações Unidas (UNGC, pela sigla em inglês). Logo depois, as restantes empresas elegíveis são ponderadas no índice pela metodologia de pontuação ESG resultante da Avaliação de Sustentabilidade Corporativa (CSA).

Paulo Sampaio afirma que o Índice ESG Brasil é o mais amplo da categoria existente no país. O mercado brasileiro mantém outros dois índices de sustentabilidade; o ISE e o ICO2. O Diretor explica ainda que o novo índice foi disponibilizado devido a uma demanda de um dos clientes da S&P DJI, que é a BTG Pactual. A asset solicitou a criação do índice para o desenho e lançamento de seu primeiro ETF (Exchange Traded Fund). O produto foi lançado no último dia 5 de outubro com a denominação de ETF ESGB11.

“Acreditamos que esse índice vá fomentar melhores práticas ESG no mercado de capitais brasileiro e a parceria com S&P e B3 foi natural, dada suas lideranças no mundo de índices e focados em ESG” disse Eduardo Guardia, CEO da BTG Pactual Asset Management, através de comunicado.

Ascensão do ESG no Brasil – Paulo Sampaio explica que a S&P DJI pretende realizar ações de aproximação com a Abrapp e as EFPC com o objetivo de fornecer informações e conhecimentos sobre o funcionamento do índice e dos critérios ESG em geral. “O ESG já é discutido há mais de uma década entre os fundos de previdência no Brasil, mas foi de dois anos para cá que sua importância ganhou maior fôlego”, comenta.

No exterior, a pressão dos investidores institucionais e dos fundos sobre as empresas é uma realidade em diversos mercados. Começou com mais força nos países nórdicos e na Europa, depois passou para a Austrália e Japão. Recentemente, o maior fundo japonês, dos servidores do governo, realizou um grande movimento para investir em ativos que a utilização de índices ESG. Paulo Sampaio cita ainda a movimentação da BalckRock, maior asset global, para a valorização e utilização dos critérios ESG nas estratégias de seus fundos de investimentos.

Clique aqui para mais informações sobre o índice, bem como as 96 empresas, além de acesso a metodologia.

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