A Volkswagen Previdência Privada (VWPP) estreou na alocação de investimentos no exterior em janeiro de 2021 e já acumula excelentes resultados nos primeiros cinco meses do ano. Com patrimônio total de R$ 2,7 bilhões, a entidade fechada investiu cerca de 8% do total de ativos em ativos internacionais. Ao mesmo tempo, realizou outro movimento importante de diversificação, com a alocação de 9% do patrimônio em fundos multimercados estruturados.
“Com o patamar das taxas de juros dos títulos públicos mais baixas, analisamos que era importante promover a diversificação das carteiras para buscar melhores retornos. Com isso, procuramos atender as necessidades dos perfis de investimentos escolhidos pelos participantes, ainda mais em um momento que percebemos o aumento da pressão inflacionária”, explica Luiz Paulo Brasizza, Diretor do VWPP.
O dirigente explica que foram montados dois novos fundos exclusivos, um deles para os investimentos no exterior, e outro para os multimercados. O fundo no exterior investe, por sua vez, em outros sete fundos internacionais. Já o outro fundo exclusivo investe em 13 fundos multimercados da categoria estruturados.
Os resultados até o momento são considerados bastante satisfatórios. O perfil agressivo acumula retorno de 2,35% de janeiro a maio de 2021. O perfil moderado registra rentabilidade de 1,70% no mesmo período, enquanto o conserivador, 0,95%. Os três perfis fazem parte do plano de contribuição variável (CV) que é o principal plano que com cerca de 16 mil participantes da entidade.
Ativos com hedge – Uma característica dos investimentos no exterior da VWPP é a utilização de ferramentas de hedge de moeda, que buscam travar as oscilações cambiais. “Queríamos aproveitar o bom momento para alocar no exterior, mas sem sofrer com os resultados da oscilação cambial”, explica Brasizza. Desde janeiro até o dia 11 de junho, o fundo no exterior registrou retorno de 2,33%. Já o fundo multimercado registrou retorno de 3,10% no mesmo período.
Ele explica, por outro lado, que a entidade irá começar agora um novo processo de diversificação internacional, que permite aos gestores de renda variável a alocação de até 10% dos ativos em ativos no exterior. Nesse novo processo, as alocações serão realizadas sem o hedge cambial. Também para minimizar os efeitos do câmbio, a proposta é promover a alocação de 1% a cada mês nos próximos 10 meses.
Brasizza acredita que o momento atual é importante para promover a diversificação internacional. “Não queríamos perder esse momento precioso para investir no exterior. É uma forma de proteger parte de nossos ativos do provável aumento de volatilidade que será verificado em 2022, que será um ano de eleições no Brasil”, prevê. Ele lamenta apenas que a Resolução CMN 4.661/2018, não permite ultrapassar o limite de 10% do patrimônio nessa classe de ativos. “É urgente que se aumente o limite da regulação para pelo menos 20%”, defende.
Estratégia ESG – Junto com a diversificação no exterior, a VWPP aproveitou para selecionar um fundo internacional com estratégia ASG. É um fundo de uma grande gestora global que investe em ativos sustentáveis. “Os produtos no exterior apresentam maior quantidade de opções para estratégias ASG”, comenta Brasizza.
Outra novidade estudada pela entidade, é a abertura da carteira de empréstimos a participantes. Além disso, a VWPP está em fase preliminar de estudos para o desenho de um plano voltado aos familiares de participantes.
“A carteira de empréstimos a participantes está em fase final de elaboração. Ao mesmo tempo que representa um importante benefícios aos participantes, também funciona como um ativo de baixo risco e retorno adequado para o plano”, comenta o Diretor do VWPP. Ele destaca a necessidade de oferecer alternativas de maior retorno aos participantes além do tradicional perfil conservador que, atualmente, apresenta retornos reais mais baixos, ainda mais com o cenário de aumento da inflação.
