O Diretor Presidente da Vivest, Walter Mendes, e o Diretor de Investimentos, Jorge Simino Júnior, apresentaram os resultados dos investimentos da entidade e explicaram a troca de indexador e a relação com as metas atuariais em vídeo publicado no YouTube na última sexta-feira, 12 de novembro. O material foi disponibilizado em formato podcast em plataformas de áudio da entidade.
Jorge Simino explicou que os planos da Vivest utilizavam o IGP-DI, que é um índice não adequado para indexar os planos de benefícios. Para exemplificar a questão, o Diretor de Investimentos lembrou que a meta atuarial dos planos da Vivest marcou 32%em 2020, que é um valor praticamente inalcançável pelo rendimento dos ativos existentes atualmente no mercado. A rentabilidade média dos planos da entidade marcou entre 16% e 17%, o que é um resultado bastante expressivo, mas que não foi suficiente para bater a meta. Ele alertou que em 2021 o fenômeno deve se repetir, em menor intensidade, mas os rendimentos devem ficar bem abaixo da meta.
Walter Mendes lembrou que não há mais ativos disponíveis no mercado que são indexados ao IGP-DI. Anteriormente a situação não era tão dramática porque ainda existiam títulos públicos indexados ao IGP-DI na carteira de ativos da Vivest. Mas esses ativos foram vencendo ao longo dos anos, o que incentivou a discussão para a mudança de indexador que se arrastou desde 2010. Em 2018, a discussão voltou aos órgãos de governança da Vivest, pois já se alertava que metade dos lotes de títulos indexados ao IGP-DI venceriam em abril de 2021.
O Diretor-Presidente informou que apenas dois planos da fundação trocaram o IGP-DI por outro indexador mais adequado. Os dois planos são o PSAP/EMAE e o PAP Fundação. Para todos os demais planos (com exceção dos planos de contribuição definida), o IGP continua como indexador. Portanto, o problema continua existindo e pode continuar gerando sucessivos déficits.
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