Com uma ampla programação e a mobilização de especialistas do mais alto nível, a UniAbrapp em parceria com a Ancep realizará uma série de cursos no mês de novembro e início de dezembro. O primeiro treinamento será realizado no próximo dia 4 de novembro com o título “Controles no Disponível, Imobilizado e Intangível” – veja mais informações e inscrições.
Em entrevista exclusiva, um dos expositores deste curso, Dionísio Jorge da Silva, Presidente do Conselho Deliberativo da Ancep e membro da Comissão Técnica de Contabilidade da Abrapp (Regional Centro-Norte), explica os objetivos dos treinamentos e a importância da parceria entre Ancep, Abrapp e UniAbrapp. Além de Dionísio, os outros expositores do treinamento são Evenilson Balzer, Vice-Presidente da Ancep, e Gisele Coimbra, da auditoria Russell Bedford.
A série de treinamentos é uma extensão do 2º Fórum UniAbrapp e Ancep: “Visão 360º da Contabilidade”, que foi realizado no mês de setembro passado. O principal destaque do evento foi o lançamento do “Manual de Contabilidade Aplicado às EFPC” (leia mais). É a primeira publicação com caráter acadêmico e didático sobre a contabilidade do sistema de Previdência Complementar Fechada. “Havia um grande clamor para o surgimento de uma publicação específica. Antes, tínhamos de dar aulas nos cursos universitários com apostilas, pois não havia um livro de referência”, disse Dionísio em trecho da entrevista. Confira a seguir na íntegra:
Parceria fortalecida
“A parceria entre a Ancep e a Abrapp é antiga e foi fortalecida a partir do trabalho de elaboração do primeiro Manual de Contabilidade Aplicado às EFPC. A elaboração de uma publicação desse tipo era uma demanda que existia há pelo menos 10 anos, mas havia dificuldades de avançar. Era difícil reunir o grupo de especialistas, que estavam espalhados em diversas regiões do país. Foi a partir de 2018 com a parceria da Ancep com a Abrapp que foi possível avançar com o projeto”.
Manual de contabilidade
“O início do projeto foi uma iniciativa da Ancep. Mas foi a partir do novo formato das comissões técnicas da Abrapp que foi possível avançar com os trabalhos. Com a participação do Geraldo de Assis [Souza Jr], que é um profundo conhecedor da matéria, e também de um time de alto nível de especialistas que participavam das Comissões Técnicas Regionais da Abrapp foi possível avançar com o embrião do manual”.
Convênio com a Fucape
“A partir de uma ideia do Felipe [Dutra de Sousa], decidimos buscar a participação de uma instituição acadêmica. Daí surgiu o convênio com os professores e pesquisadores da Fucape, uma instituição do Espírito Santo que conta com a presença de vários especialistas em obras didáticas. O convênio foi muito importante para produzir uma publicação com uma linguagem mais aberta, direcionada também para quem ainda não atua no setor”.
Linguagem didática
“Como todos os autores eram técnicos, muito bem qualificados e muito experientes, alguns bastante longevos como eu e outros, porém havia a dificuldade de não escrever apenas para quem já milita na área. Não queríamos escrever para dentro. Logo de início falamos da importância de escrever para fora, para os novos contadores, ou seja, para o público externo. Nesse ponto, foi fundamental a participação da Fucape, para colaborar com a construção de uma obra voltada não apenas para os contadores, mas também para os dirigentes, profissionais e também para a academia”.
Obra inédita
“Não havia bibliografia acadêmica. Agora o manual chega para atender a necessidade dos cursos acadêmicos. É bastante didático. Tem exemplos em cada um dos capítulos. Havia um grande clamor para o surgimento de uma publicação específica. Antes, tínhamos de dar aulas nos cursos universitários com apostilas, pois não havia um livro de referência”.
Foco na essência
“Toda a obra está fundamentada com base nas orientações do CPC [Comitê de Pronunciamentos Contábeis], nas normas do CNPC [Conselho Nacional de Previdência Complementar] e da Previc. Procuramos transmitir a essência da contabilidade das entidades fechadas. Fomos na essência da contabilidade para as EFPC. Não nos apegamos às formas. Por isso, mesmo que a regulação mude, a obra continuará válida. Pode ser objeto de pequenos ajustes e atualizações futuras, mas mesmo se houver mudanças na regulação, por exemplo, do plano de contas, continuará atual. É um legado que irá ficar”.
Divisão dos trabalhos
“Cada especialista recebeu a missão de colaborar com um capítulo. A mim e ao Evenilson [Balzer] nos coube tratar do disponível, do imobilizado e do intangível. Não foi uma tarefa fácil. Um fator importante é que os autores tiveram a oportunidade de ler todos os capítulos para agregar sugestões. O manual é um marco, pretende ser um legado que deixamos para o sistema”.
Lançamento no Fórum
“A realização do Fórum Ancep e UniAbrapp foi importante para o lançamento do manual. Foi importante para lançar a publicação, mas não foi possível desenvolver os temas dos capítulos, devido ao tempo curto das palestras. Por isso, agora estamos desenvolvendo os temas de cada capítulo na forma de um curso da UniAbrapp. São treinamentos voltados aos dirigentes, profissionais e público em geral. Primeira vez que será apresentado de maneira mais detalhada”.
Presença das auditorias
“Agregamos também as auditorias em cada curso da parceria UniAbrapp e Ancep. O auditor é o certificador. Por isso, decidimos agregar um auditor para cada capítulo, para nos mostrar sua visão, de quem audita. Tem coisas que só existem nas EFPC. Um exemplo é que o diferimento de novos planos dos fundos dos servidores não entram no diferido, mas sim no intangível. Essa prática não consta do CPC. Tivemos de esclarecer para o pessoal da Fucape. Ficou bem claro no manual. É um filho que nasceu na hora certa”.
Confira a programação completa dos cursos Pós-Fórum da UniAbrapp e Ancep.
