Crescimento, recuperação e ações para o 41º CBPP foram foco de coletiva de imprensa da Abrapp

Coletiva de imprensa Abrapp

O crescimento dos planos instituídos, a recuperação sistema de Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) após o primeiro impacto da pandemia, e as ações para o 41º Congresso Brasilero da Previdência Privada (CBPP) foram temas abordados em coletiva de imprensa concedida pela Abrapp nesta quinta-feira, 12 de novembro, reunindo cerca de 14 jornalistas de diversos veículos de comunicação. Estiveram presentes o Diretor Presidente da Abrapp, Luís Ricardo Martins; o Diretor Vice-Presidente da Abrapp e Diretor Presidente da UniAbrapp, Luiz Paulo Brasizza; o Superintendente Geral, Devanir Silva; e o Superintendente Adjunto, Ivan Corrêa Filho.

Na ocasião, foram apresentados números sobre crescimento dos fundos instituídos, que hoje contam com 572,8 mil participantes e R$ 12,9 bilhões em patrimônio, segundo levantamento da Abrapp. “Isso mostra uma evolução, que deve ser ainda maior com planos família. Temos uma prospecção para esses planos voltados aos familiares de que até 2022 tenhamos mais de 500 mil pessoas protegidas e mais de R$ 2 bilhões de reservas acumuladas. Isso mostra o quão acertada foi a nossa ideia de fazer crescer e ampliar esses planos família”, disse Luís Ricardo. Diante disso, esse novo produto levará ao sistema uma mudança de mindset, conforme explicou o Presidente. “As entidades devem pensar fora da caixa para não ficar restritas aos seus atuais participantes, pois isso pode colocar sua sustentabilidade em risco. É uma nova visão de negócio”, disse. “Agora o sistema parte para a venda”.

Os dados mostram ainda a recuperação de todo o sistema após o primeiro impacto da crise decorrente da pandemia de COVID-19. Em março, as entidades acumulavam deficit de R$ 74 bilhões. Em setembro, o resultado negativo foi reduzido para 38,5 bilhões, segundo balanço da Abrapp. No mesmo período, o superávit das entidades evoluiu de 15,5 bilhões para 18,2 bilhões. “Com a força, resiliência e recuperação do sistema, nós superaremos a casa de R$ 1 trilhão em patrimônio ainda este ano”, disse. Em setembro, os ativos das EFPC somaram R$ 974 bilhões, o que representa 13,6% do PIB.

Oportunidades – “O sistema vem há muito falando de disrupção, comunicação, que amenizam os efeitos da pandemia. Diante dos dados de recuperação do sistema, isso mostra resiliência e o quanto o longo prazo é fundamental”, disse Luís Ricardo. Segundo ele, há ainda mais força para que o segmento trabalhe com grandes janelas de oportunidades, como a da Reforma da Previdência. “Poderia ter sido mais avançada se fosse estrutural, mas ela foi paramétrica, profunda e necessária. A pandemia também é uma janela de oportunidades, as pessoas querem proteção para seus familiares, e a gente tem isso no nosso DNA. O sistema fechado nasce do coletivo e temos uma grande solução, podendo ser parceiros do governo brasileiro, e protegendo o maior número de pessoas”.

Outra grande janela de oportunidades citada pelo Presidente é a dos planos de entes federados. “A Emenda Constitucional nº 103 trouxe a obrigatoriedade dos entes federativos implementarem o regime de previdência complementar em 2 anos. Isso já deu certo, o segmento de previdência complementar fechada sabe fazer”, disse, citando as entidades de servidores públicos que já estão consolidadas, sendo que, até setembro, 10 EFPC associadas à Abrapp já fazem a gestão de 20 planos de previdência dessa categoria. “Isso trará um fomento muito grande e apostamos muito nesse segmento nos próximos anos”. Luís Ricardo destacou que haverá uma Lei Complementar para harmonização entre entidades abertas e fechadas para que o segmento aberto de previdência possa fazer também a administração desses planos, conforme prevê a Emenda Constitucional. “Esse arcabouço regulatório e legal trará uma blindagem completa ao sistema”.

Outro tópico abordado por Luís Ricardo ainda com o viés de fomento do sistema foi a proposta de Lei de Proteção ao Poupador Previdenciário (LPPP), elaborada pelo pesquisador e professor do IDP José Roberto Afonso em parceria com a Abrapp. “Hoje existe uma mensagem do governo brasileiro de que o Estado deixará de ser o grande provedor da previdência pública, e o regime de repartição simples não se sustenta. O indivíduo cada vez mais terá que se preocupar em formar sua poupança previdenciária. Queremos trazer essa garantia, ampliar a previdência complementar para toda sociedade brasileira e trazer uma rede de proteção”, disse Luís Ricardo. O projeto de lei foi apresentado em reunião das diretorias e equipes executivas da Abrapp e da Fenaprevi nesta quarta-feira, 11 de novembro (saiba mais).

Para mostrar ainda mais a força do sistema, o Superintendente Geral Devanir Silva destacou que as EFPC possuem os melhores produtos, com pagamento de benefícios, com uma folha de pagamentos de benefícios de R$ 30 bilhões no primeiro semestre deste ano, podendo chegar a R$ 60 bilhões ao final do ano. “Isso é significativo. O sistema é dos trabalhadores, dos participantes”, disse. “Temos produto, temos entrega e qualidade, temos todos os ingredientes para o crescimento”, ressaltou.

Diversificação dos investimentos – Luís Ricardo destacou que a recuperação das EFPC em meio à crise se deu principalmente pelo fato que de que em suas políticas de investimentos as entidades já contemplavam maior risco e diversificação. “A diversificação está no seio do debate do Conselho Monetário Nacional sobre a Resolução nº 4.661. Temos falado em aumento de limites dos investimentos no exterior, sobre a questão imobiliária, temos uma proposta da Previc para investimentos em empresas de capital fechado. A diversificação é o segredo de sucesso, e a profissionalização e os debates que estamos fazendo neste momento pedem investimento com responsabilidade social”.

Devanir ressaltou que para uma visão de longo prazo é preciso investir na economia real, e o sistema está preparado para isso. “Vejo um caminho muito promissor. Hoje temos uma poupança forçada pela adversidade, mas somos fomentadores e nosso trabalho será a realização de sonho das pessoas. Temos oportunidade de fomentar uma massa de jovens trabalhadores. Estamos preparados para isso”.

Luiz Paulo Brasizza destacou ainda a questão da sustentabilidade como um grande ponto de diversificação dos investimentos, sendo um tema relevante no mercado financeiro. “A  Abrapp tem participado de grupo multidisciplinares sobre o assunto. Os investimentos nessa área deverão ser feitos pelos investidores institucionais”, disse, citando que a Abrapp possui um comitê de sustentabilidade e já lançou um guia de melhores práticas em sustentabilidade para todas as entidades; um guia de elaboração do relatório anual de sustentabilidade; uma política de sustentabilidade; um guia prático de integração ASG de gestores, entre outros. “Criaremos ainda o relatório de sustentabilidade das EFPC. Essa nova geração vem buscando um ‘selo verde’ nos investimento como uma aprovação para aplicarem seus recursos. Estamos correndo nessa linha para abrir boas perspectivas para investimentos sustentáveis”.

Destacando que a questão de sustentabilidade deixou de ser um “modismo”, Luís Ricardo reforçou que o participante deve enxergar que seus investimentos estão sendo direcionados para um objetivo maior. “Estamos apostando nisso, esse é um tema que veio para ficar e deixou de ser moda, com exigência muito forte do nosso atual e futuro público”.

Rentabilidade – O levantamento da Abrapp mostrou também que a rentabilidade dos fundos de previdência alcançou 867% nos últimos 17 anos, acima da meta atuarial de 648% para o período. Luís Ricardo destacou que a conjuntura econômica atual já demonstra recuperação do sistema. “As oscilações não são novidade. Nossa relação com o participante é de 50 anos. Esse lado do longo prazo, onde se pode traçar estratégias e ter profissionais do mais alto nível de excelência, permitirá alcançar e bater as metas atuariais”, disse.

41º CBPP – Luís Ricardo ressaltou a programação do 41º Congresso Brasileiro da Previdência Privada, que ocorre de 16 a 19 de novembro. “Esse Congresso vai tratar de temas fundamentais para nós, mas mais do que isso, o que pensam as grandes referências na inovação”, disse. Além da programação das plenárias, o evento contará com palestras técnicas, programação no Espaço UniAbrapp e na Alameda Conecta, além de apresentações na Área de Exposições e no Espaço Institucional. Confira aqui a programação completa.

Buscando atrair ainda mais o público jovem para o tema da previdência privada, Luís Ricardo citou uma das ações que ocorrerão no 41º Congresso, o Previdência é Coisa de Jovem. A iniciativa da UniAbrapp contará com uma live realizada durante o Congresso no dia 17, às 15h30, em parceria com o CIEE, reunindo cerca de mil jovens. “Estamos trazendo a previdência para um novo mindset, para pessoas pensarem que quanto antes elas começarem a poupar, melhor”.

Além dessa iniciativa, a UniAbrapp, que tem um foco na educação financeira e previdenciária, fará o lançamento da primeira turma do MBA em Gestão de Previdência Complementar em formato 100% online durante o 41º CBPP. “Precisamos levar meios para educar esses jovens. Todo esse trabalho de estrutura da UniAbrapp ajuda nesse processos de entendimento e transferência de informações para essa juventude”, disse Brasizza. “O jovem deve entender que precisa começar cedo a sua previdência”.

Dentro desse movimento de inclusão de um público mais jovem, a Abrapp tem investido em tecnologia com projetos como o Hack’A’Prev e o Hupp. Devanir citou o mundo das startups, da tecnologia e da Conecta, empresa controlada pela Abrapp e UniAbrapp para oferecer soluções tecnológicas ao sistema de previdência complementar. “Temos 17 startups trabalhando no nosso hub de soluções previdenciárias e que deverão gerar soluções para o sistema nos próximos meses”. A Conecta também apresentará seus parceiros e os serviços desenvolvidos por eles em uma programação exclusiva em seu estande no 41º CBPP. Saiba mais.

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